Adriana Varejão: Tripas, Carne e Arte

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O título pode dar uma certa travada, mas Adriana Varejão é mesmo visceral. Ela é somente uma das maiores artistas contemporâneas brasileiras e possui super destaque nacional e internacional. Quer mais?

 

 

Adriana tem um pavilhão só dela em Inhotim (big deal alert) e o currículo de invejar já possui diversas exposições – coletivas e individuais – além de presença marcadíssima em bienais de arte no Brasil e no mundo (muito orgulho brasileiro sim).

 

 

Sua trajetória é rica, com trabalhos em diversas mídias e meios –  ela a é versátil: sua capacidade de transitar entre quadros, esculturas, fotografias e instalações mantendo sua assinatura é um dos motivos do seu sucesso.

 

 

A poética de Adriana e a narrativa por trás de suas obras está sempre ligada ao corpo e ao carnal e isso pode ser um pouco “too much” para os desavisados – algumas obras possuem elementos um pouco, vamos dizer… realistas. Utilizando elementos gráficos como azulejos e inserções históricas como o colonialismo português, ela explora as relações corpo-ambiente, corpo-objeto e corpo-corpo em diversos contextos sócio-culturais.

 

 

Por tratar da figura humana de modo tão evidente e cru, suas obras já foram consideradas bem polêmicas, como a presente na exposição Queer Museu; censurada no começo de 2018 e reinaugurada recentemente lá no Parque Lage, no Rio de Janeiro.

 

 

Mas se você pensa que esse excesso gráfico é a toa, não é não. A carne como elemento central de sua obra possui uma pluralidade de sentidos, sejam tripas explicitamente jorradas do quadro ou sutis tons avermelhados. Um exemplo disso é analisar obras como a série “Charques” onde o corte e ferida dá vida à obra como se fosse um organismo. Já na série “Saunas”, o branco asséptico e limpo visualmente implica numa vida carnal escondida, que você não pode ver.

 

 

O interesse de Adriana pelo orgânico resultou em instalações como Panacea Phantastica, que fica lá em Inhotim – e vale SUPER a pena conferir. Projetada para se adaptar a qualquer arquitetura e superfície, a serigrafia sobre azulejo retrata uma variedade de plantas alucinógenas, sugerindo que mudanças perceptivas e sensoriais podem ser alcançadas também através da arte.

 

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